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Pente Katuena – Tecendo o mundo com os fios do tempo
Mais do que um instrumento, este pente tradicional dos Katuena — povo originário do baixo Xingu, no Pará — é um traço de continuidade entre mãos, memórias e mitos.
Com hastes finas de madeira e uma trama colorida que lembra pequenos teares, esses pentes são símbolos de cuidado e pertencimento. Neles, o gesto de pentear não é apenas vaidade ou função: é rito, conexão e linguagem. Cada fio tecido carrega um fragmento de mundo, um código visual que narra o tempo em espiral — o tempo indígena, onde o passado não morre, apenas muda de forma.
O uso do pente, entre muitos povos amazônicos, está ligado à relação entre corpo e cosmos. Cuidar do cabelo é cuidar do espírito. E os padrões geométricos que atravessam os fios — roxos, brancos, amarelos, vermelhos — evocam caminhos de sonhos, trajetórias dos ancestrais, e o pulsar invisível da floresta.
Encontrar essas peças e identificar sua origem foi quase um trabalho de detetive. Porque ainda há muito que se cala sobre o Brasil profundo. Mas escutar objetos assim é devolver-lhes o som, o sentido, a dignidade.
Não são peças “artesanais”. São sementes de uma cosmologia viva.
